terça-feira, 6 de dezembro de 2011

POR QUAIS MOTIVOS VOTO NÃO E NÃO

        Um dos principais empecilhos para a correta representatividade de todas as regiões do Estado do Pará (e também do Brasil) é a não aprovação do Voto Distrital. Quando o então Presidente da República General João Figueiredo (governou de 1979 até 1985) apresentou ao seu partido político (PDS) a proposta de adoção do Voto Distrital foi bastante hostilizado. Naquela época o PMDB, que estava na oposição, em sua grande maioria também negou apoio. A implantação do Voto Distrital é uma medida fundamental para que o Brasil tenha uma melhor e eficiente representação de todas as suas áreas indistintamente. Com o Voto Distrital os Vereadores, Deputados Federais e Estaduais serão escolhidos a partir de um determinado território eleitoral, ou seja, terão que ser pessoas residentes e domiciliadas no Distrito Eleitoral. Isso evita, por exemplo, que um candidato de uma região distante venha pedir voto em outra e depois de eleito some e não tem compromisso com os votos recebidos. Este é um dos principais motivos do abandono político e administrativo, principalmente de muitas regiões interioranas do Brasil e, no caso em tela, do Estado do Pará.
       Outra causa fundamental do atraso do desenvolvimento econômico, social e político do Estado do Pará (que não é diferente da maioria dos estados da federação) é a péssima administração das prefeituras municipais em cumplicidade com as Câmaras Municipais. São poucas as exceções! O município é a base principal dos estados e da nação brasileira.
        Quando os municípios não são bem administrados é impossível haver um bom Governo Estadual. Se o Governador for trabalhador e bem intencionado melhora um pouco a situação, mas não resolve o problema. Igualmente, a Pátria Brasileira só vai bem se os municípios estiverem sendo administrados com competência e participação de toda a sociedade civil e militar.
        O Estado do Pará é territorialmente imenso, por exemplos: ele é do tamanho da Bolívia, da Colômbia, que são considerados países grandes da América Latina! Então é indispensável que a capital fique localizada no centro geográfico do Estado do Pará, em benefício da melhor administração e comunicação com todos os municípios. Por isso defendo que a capital seja deslocada de Belém para o interior do estado. Aí será uma prova concreta de irmandade e fraternidade entre todos os habitantes desta terra de ricas florestas! O que não pode é continuar este isolamento e abandono do interior do estado. Também é preciso acabar com a concentração de aplicação de todos os recursos arrecadados (cerca de 80%) somente em Belém e Região Metropolitana.
        Eu vou votar pela NÃO E NÃO, isto é, contra a divisão do Estado do Pará para a criação dos estados do Tapajós e Carajás. Porque não é justo o Pará remanescente ficar apenas com 17% do seu atual território. Também porque sou ecologista e estou bastante preocupado com as consequências ecológicas resultantes desta criação de novas unidades da federação brasileira, haja vista que acompanhei o que aconteceu, por exemplo, com a divisão do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O desmatamento da Floresta Amazônica no Mato Grosso após a divisão territorial foi um crime ambiental imperdoável. É que quando se cria um novo estado vem uma onda de progresso e desenvolvimento a qualquer custo e quem acaba pagando a conta é a ecologia. Sei que a raiz deste problema está na falta de educação do povo
      Reconheço, respeito e concordo com a maioria dos argumentos apresentados pelas pessoas que são favoráveis a criação dos Estados do Tapajós e Carajás. Mas penso que estes problemas apontados poderão ser resolvidos sem precisar dividir o Estado do Pará. Basta que toda a sociedade paraense (os de nascimento e os adotivos) tome uma decisão política de enfrentar e solucionar as questões elencadas.
       Criar novas unidades da federação neste momento vai ser mais desperdício de dinheiro do povo brasileiro, porque sabemos que a maioria dos “políticos” não possui um espírito de civismo e patriotismo. Simplesmente aproveitam uma situação de calamidade para tirar proveito em benefício próprio. Qualquer semelhança neste caso do plebiscito não é mera coincidência!
       Tenho acompanhado pela imprensa as declarações do Governador do Pará Dr. Simão Jatene e percebi nele sinceridade e vontade política de enfrentar e resolver estes problemas seculares que estão prejudicando o povo do Pará. Por isso estou participando em torno de uma frente em prol da unidade territorial do Estado do Pará.
        Eu nasci em Itapetinga, Estado da Bahia e estou domiciliado aqui em Castanhal, Estado do Pará desde o ano de 1992. Escolhi livremente ser filho adotivo do Estado do Pará.
         Portanto o meu voto é NÃO E NÃO!

Castanhal, Pará, 06 de Dezembro de 2011.

Professor  Eugenio Bartolomeu Costa Ferraz
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