Eu sou filiado ao Partido Verde desde
1990 (e ativista ecológico desde a década de 1970) e acho errado demais a
proposta absurda de legalizar a droga maconha (cannabis sativa) no Brasil. Li e
analisei o Projeto de Lei nº 7187, de 2014, que foi apresentado na Câmara dos
Deputados, no dia 25 de Fevereiro de 2014, pelo Deputado Federal Eurico Junior
(Partido Verde – Rio de Janeiro), onde estabelece normas para o uso, a
plantação, o cultivo, a colheita, a produção, a aquisição, o armazenamento, a
comercialização, a distribuição, inclusive dos derivados da maconha.
Isso só serve para atrapalhar a luta
ecológica do Partido Verde, principalmente para nós que estamos na Amazônia
Brasileira! Expressei o meu posicionamento, e também do Diretório Municipal do
PV de Itapetinga, Bahia (fui um dos fundadores e Presidente de 1990 até 1992)
contra a legalização das drogas no Primeiro Encontro Nacional do Partido Verde
(que participei como um dos Delegados da Bahia), que aconteceu em Salvador,
Bahia, em 30 de Novembro e 01 e 02 de Dezembro de 1990. A proposta que
apresentei foi a seguinte: Medidas salutares para o combate às drogas
lícitas e ilícitas, principalmente visando proteger os 30 (trinta) milhões de
crianças e adolescentes abandonados ou semi-abandonados, que se tornam nos mais
vulneráveis à toxicomania e as suas consequências de marginalidade e violência.
Este projeto esdrúxulo (PL 7187, de
2014) vai atrapalhar bastante o desempenho eleitoral do Partido Verde nestas
eleições de 2014. É um erro pelo qual o Partido Verde vem pagando um alto
preço! Por isso tomo a liberdade de sugerir aos defensores da legalização da
droga maconha que visitem as clínicas, hospitais e centros de recuperação de
drogados para conhecer melhor as consequências nefastas dessa questão. E,
também, da mesma forma as prisões, onde há uma grande quantidade de pessoas encarceradas
(principalmente jovens) que cometeram crimes bárbaros sob o efeito das drogas:
em primeiro lugar fica o álcool e em segundo lugar, a maconha. Portanto temos
uma droga lícita, ou seja, legalizada (álcool) e outra (maconha) ilícita, isto
é, não legalizada, mas que da mesma forma causam dependência química e graves
prejuízos!
Será que, também, quem está apoiando e
financiando esta proposta não são os traficantes que estão presos e esperam com
a legalização da maconha obter uma anistia?! E se a moda pegar será que o
próximo “projeto” não vai propor, igualmente, legalizar a droga cocaína?!
No Senado Federal, no dia 30 de Janeiro
de 2014, foi protocolada uma proposta de iniciativa popular pela legalização da maconha, com adesão de mais de 20 mil
pessoas que apoiaram e assinaram a proposta, cujo relator escolhido é o Senador
Cristovam Buarque (PDT – Distrito Federal). O Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL – Rio
de Janeiro) e o Deputado Federal Paulo Teixeira (Partido
dos Trabalhadores – São Paulo) defendem abertamente a legalização da
maconha seguindo o exemplo do que ocorreu em 2013 no Uruguai (que desde 2010 é
Presidido por Pepe Mujica, ex-guerrilheiro e colega ideológico da Presidenta
Dilma - PT) e já anunciaram que irão apresentar projetos.
O ex-Presidente da República Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) é a figura política mais conhecida no Brasil e no mundo,
que defende a legalização da maconha (e de outras drogas) há vários anos.
Inclusive ele lidera, a nível internacional, uma associação de alguns ex-presidentes
da América Latina que concordam com essa idéia. Esse FHC, “Príncipe dos
Sociólogos” é o mesmo que criou no Brasil o famigerado Mensalão, que estreou
corrompendo uma grande quantidade de parlamentares do Congresso Nacional
(Câmara dos Deputados e Senado) para “aprovarem”, em 1997, a “venda” absurda da
então empresa estatal Companhia Vale do Rio Doce (maior e mais lucrativa
mineradora do mundo e que em toda a sua História, desde 1942, nunca deu
prejuízo). Sim, é este mesmo Mensalão, que quando o PT (Partido dos
Trabalhadores) chegou ao poder com o Presidente Lula, através das eleições em
2002, descobriu todo o esquema, mas ao invés de acabar com ele se aliou com a Quadrilha
Criminosa e prosseguiu. Mas depois o Supremo Tribunal Federal (STF) com muita
dificuldade (inclusive infiltrações internas) e sob pressão popular conseguiu
condenar (em parte) alguns dos principais envolvidos!
Não sou contra nenhuma pesquisa e
experiência científica de qualquer planta para uso medicinal, mas sou contra
esses projetos que pretendem legalizar a maconha, porque incluem o assim
chamado “uso recreativo” e liberação do plantio e comércio. Também, porque
analisando o lado da Segurança da Pátria Brasileira no contexto mundial, não
posso deixar de enxergar esquemas mal intencionados de outras nações e/ou
organizações criminosas internacionais que pretendem nos subjugar.
Vejamos apenas um exemplo concreto da
História Contemporânea: no Século XIX a Grã-Bretanha (Império da Inglaterra)
invadiu e dominou, com poucos soldados, a imensa e populosa China. E usou o
ópio (substância extraída da papoula e utilizada como narcótico) como sua
principal arma, ou seja, financiou e incentivou a sua oferta “recreativa” para
a população. Dessa forma durante várias décadas os ingleses exploraram e
saquearam as riquezas dos chineses, haja vista que grande parte da população se
encontrava atolada na dependência química da perigosa droga ópio. Custou muito
sofrimento e vidas para, enfim, os chineses expulsarem os dominadores ingleses
e restabelecerem sua independência e soberania sem a nefasta droga. Este
episódio ficou conhecido na História como A Guerra do Ópio.
O Papa Francisco
sabiamente disse: "A ecologia humana e a ecologia ambiental são
inseparáveis". Que Deus, Suprema Inteligência, ilumine e
proteja o povo brasileiro!
Castanhal, Pará, 04 de Março de 2014.
Professor Eugenio Bartolomeu Costa Ferraz
(Suplente de Vereador – Partido Verde).
– Especialista em Educação diplomado pela UFPA e Escritor
–
Celulares: (91) 9601-8380 (OI) e (91) 8258-2118 (TIM).
Blog: http://defesadavidahumana.blogspot.com
E-mail: ebcferraz@hotmail.com
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